Artistas Vidreiros De Curitiba

Anoitecer - Carlos Drummond de Andrade É a hora em que o sino toca,  mas aqui não há sinos; há somente buzinas,  sirenes roucas, apitos  aflitos, pungentes, trágicos,  uivando escuro segredo; desta hora tenho medo   É a hora do descanso, mas o descanso vem tarde, o corpo não pede sono, depois de tanto rodar; pede paz — morte — mergulho no poço mais ermo e quedo; desta hora tenho medo. Hora de delicadeza, agasalho, sombra, silêncio. Haverá disso no mundo? É antes a hora dos corvos, bicando em mim, meu passado, meu futuro, meu degredo; desta hora, sim, tenho medo. Poema ANOITECER - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Com o objetivo de implantar um mural artístico no Centro Cívico (rua Mateus Leme esquina com Roberto Barroso), o Grupo de Artistas Vidreiros de Curitiba colocou sua criatividade a serviço do planeta, não só presenteando a capital paranaense com uma obra de arte, mas colocando em prática um assunto muito em voga, a reciclagem. Utilizando-se de descartes da construção civil - materiais deixados em caçambas que seriam encaminhados a aterros sanitários e, também, de resíduos de vidros dos ateliês dos 14 artistas que compõem o grupo formado em 2008. A obra cumpre o papel de inspirar a população a reconhecer e se orgulhar das características culturais paranaenses, bem como, pretende incentivar a prática do reaproveitamento de sobras e o seu descarte consciente. Trata-se do primeiro, de uma série de murais onde serão abordadas as várias espécies de árvores que os curitibanos estão acostumados a contemplar. Para a estreia do projeto o Ipê Amarelo foi escolhido e ocupa lugar de destaque na